Na madrugada, fiquei tentando me lembrar da palavra que
ficamos buscando, eu e Pedro, enquanto esperávamos o meu atendimento para o
exame fundo de olho, que tive de fazer, ontem. Passei um grande tempo, que na
madrugada, nunca se sabe quanto, apenas grande, e no fim, antes que o dia
clareasse, lembrei: ladainha.
E fiquei pensando, no ES, o quanto a minha infância tinha
sido religiosa, o Espírito Santo rural, na minha infância, é religioso demais,
e conheço o sentido religioso de ladainha desde pequeno. Pedro, que é da cidade
de São Paulo, conheceu primeiro o sentido da ladainha que faço aqui no Blog
Azul, todos os dias.
Ficamos buscando ladainha, porque preciso sagrar “As
Vizinhas de Trás – Santa Moema”, que voltarei a pintar, depois de um tempo
parado. E tinha parado, porque estava achando sem graça, feia, e santa precisa
ter graça. Minha ideia, depois de pronta, é sagrá-la, ou consagrá-la, com os
meninos e meninas da Cabeça de Porco, que a inventaram. Pensei que, se os meninas-os
aceitarem, a sagração dela, poderia ser a intervenção de cada um deles, nela.
Embaixo, a Moema, de Victor Meirelles:
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