Também tenho me ligado que
preciso soltar minha cabeça de meu tronco, libertando-a para cima, enlaçada que
ela está ou que ficou, por uma contorção da serpente de minha coluna na altura das
omoplatas. Tenho imaginado que isso vá reorganizar o fluxo de energia que
circula dentro de meu sangue, no coração e na minha cabeça, além de libertar-se,
junto a ela, os meus braços, tensionados nos ombros.
Além disso, ontem, atrasado,
tentei correr do ponto do ônibus à piscina e minhas pernas não funcionam de
modo normal. Principalmente, a panturrilha direita dói demais e pareço não ter
comando dos movimentos para além de um trote lento e lerdo de pessoa velha.
É uma coisa louca, porque correr
será uma conquista de algo que eu perdi com as sequelas de meu coma. Então, tem
esse desafio pra mim. O de recuperar um lance que eu tinha. Só não contava com esse
entrave.
De qualquer modo, comecei.
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